quarta-feira, dezembro 10, 2008
Muito cansada
Fraco oi, na verdade, mas é só pra dizer que eu estou aqui, estou viva, prosseguindo com a dissertação, que montei a exposição ontem (grande mari, grandes aluninhos) e que estou morrendo de orgulho de mim mesma, que ainda tenho muito trabalho pela frente, mas que tudo vai - MUITO - bem.
Obrigada.
sexta-feira, novembro 21, 2008
Só pra dizer
terça-feira, novembro 04, 2008
Materializações - realizações
Depois de um mês, a sensação de não estar em casa diminuiu muito, afinal, agora a gente tem as nossas coisas penduradas, o nosso espelho está quaaaaaaaaaaase pronto. Enfim, saiu do projeto e se materializou.
Em muitos momentos, eu não acredito muito que é a minha vida. Meu trabalho, minha casa, minhas contas, meu marido. Meus livros estão na prateleira, minhas ilustrações, nas paredes, mas... daí eu me toco que é tudo meu e dele. E que tudo está bem.
Que tudo está delicioso, nossas refeições improvisadas, um vinhozinho na sacada. Nossas plantinhas lutando pra sobreviver.
As piadas todas, sobre o martelo, o relógio, a moto e o furão.
E não é que a gente não brigue, ou não se desentenda. Mas existe a vontade maior de rir e de entender.
Bom, esse post já virou uma melação.
quinta-feira, setembro 25, 2008
Fazendo as malas
sexta-feira, setembro 12, 2008
quarta-feira, setembro 03, 2008
Meu drama não é de peso...
Na verdade, não tenho essa sensação. Pelo contrário, não sei se é possível, mas sinto uma enorme vontade de resolver essa bagaça logo, sabe como? E, no fim das contas, ora bolas, faz mais de um ano e meio que eu estou estudando todas essas coisas.
Enfim, estou sim enlouquecendo, mas mais de ansiedade do que por achar que a paulada vai ser forte. Bom ou ruim, é assim que eu me sinto.
Dá pra entender?
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Tenho tido cada vez mais vontade de desenhar, desenhar e desenhar.
Pra quem quiser ver:
www.fotolog.com/reginagolden
terça-feira, agosto 26, 2008
Sobre a gripe e outras coisas
***
Domingo fomos à Bienal do Livro e como dois bons viciados em:
a. compras?
b. leitura?
c. muvuca?
d. todas as anteriores?
voltamos carregados de novidades. E velhidades também.
É irresistível!
***
Estar num relacionamento.
É bom saber que a gente encontrou um alguém que é companheiro, amigo, com quem briga às vezes, mas que depois faz as pazes e fica tudo melhor. Alguém em quem você pode confiar, alguém que, com um pouco mais ou um pouco menos de esforço, te entende.
Daí que eu fico pensando nas infindas insinceridades cometidas - por mim também! - em outros relacionamentos.
Fico lembrando daquelas certezas que eu já alimentei. Eu acreditei muito em votos que não queriam dizer tanto. Queriam dizer, claro, mas só pra mim. E às vezes eu vejo minhas amigas, boas amigas, queridas amigas, tropeçando do mesmo jeito. Acreditando demais.
Lembro que, numa dessas quedas amorosas, eu descobri que tinha perdido completamente a inocência, que nunca mais poderia acreditar despreocupadamente em nada.
Talvez seja necessário, amar enlouquecida, apaixonadamente, para depois perceber que "nada é tanto assim".
O mundo não ficou menos colorido, nem mais sem graça. Só um pouquinho menos "bom". E com isso, depois de um tempo, a gente consegue conviver.
***
Logo mais eu faço aniversário. Quero muitos presentes! MUITOS! PRE-SEN-TESSSSSSSSSSSSSSSSSSS!
Mas nada de comemoração no LaPeJu, que embora eu adore, é muito apertadinho, muito quente, muito cheio.
E, por enquanto, a pessoa sonada abandona o posto.
Bom dia.
quarta-feira, agosto 20, 2008
Cada um de nós tem a sua música.
Cada um de nós tem o seu vôo, o seu jeito especial de mexer, de fazer as pausas. De respirar.
Cada um de nós tem um jeito específico de olhar quando entede, a piada ou o que está sendo dito.
Aquele jeito. Aquele "aaaaaaaahm...".
Tá. ok, não vamos começar com a filosofia de balcão de bar, ou a psicologia de porta de banheiro, porque é tosco, é de mau-gosto, é poesia barata, chula, brega, e sem a beleza da breguice intrínseca das canções de amor.
Mas é que eu fiquei com isso, sabe, essa coisa da música. E da imagem e da idéia de fazer aulas de ilustração - estou procurando, achei chato que não tenha horário, blé.
Porque como eu disse antes, eu penso imagem, eu penso essa coisa completa que é imagem, é movimento, é música. Como quando eu fiz o vídeo da Lali pra abrir o desfile. E eu tinha uma historinha pro vídeo. Mas o bacana de trabalhar com criança é que meio que é ela quem vai determinar o que vai acontecer. Claro que não fica por isso. Quando eu fui editar o filme, tomei o poder do trabalho. Mas a música já estava lá. A música existia antes do filme.
(Duerme Negrito - Mercedes Sosa)
Ok, nessa eu estou sendo hiper passional. Foi uma música que me entregou de bandeja o trabalho todo. Uma música que virou trilha sonora das minhas lembranças daquele fim de semana. E que não tocou no fim de semana, só veio meses depois.
(Perfect Day - Velvet Underground)
Mas isso é ancient history. Agora minha cabeça vive cheia de velhos e novos sons. De Interpol a Mawacca, tem de tudo. Até Ney Matogrosso. sabe como?
Eu estou em busca de uma nova trilha pra escrever esse novo roteiro. Talvez feito de imagens.
terça-feira, agosto 19, 2008
O baile não começou
segunda-feira, julho 28, 2008
O Flavio está certo.
Não contem para ele, mas se tem uma coisa que eu preciso fazer para manter a sanidade é trabalhar.
Sair de casa todo dia com um objetivo, e com hora pra voltar. Vai ver é isso que me faz ficar super feliz de ir à acadimiiiiia.
Então que hoje começa tudo de novo. Não é excelente?
(Eeh.)
sábado, julho 26, 2008
O que eu fiz nas minhas so-called férias?
Bom, vá lá, eu fui ao cinema à noite, o que é um luxo ao qual eu não posso ceder quando estou trabalhando.
Fiz mais de sessenta lindos desenhos para a sala de depoimentos do BNTM, junto com a Sol. Relmente, me superei. Em dez dias, mais ou menos, a gente deu a volta ao mundo e fez algumas coisas que me mataram de orgulho.
Reescrevi quase que completamente meus dois capítulos, e eu agora estou aqui, roendo meus dedos, na esperança da minha orientadora achar que eles são aproveitáveis. Eu, na verdade, sofri muito pra pari-los, e não estou certa da sua qualidade.
Estou com meu memorial para qualificação quaaaase pronto. Por sinal, atualizar meu Lattes foi uma boa idéia.
Coloquei meu artigo de acordo com o modelo do congresso, e na segunda vou me deixar levar a facada mais louca do mês: vou pagar a inscrição violenta do dito cujo. Por sinal, a inscrição tá feita, só falta pagar e colocar o artigo em PDF.
Salvar em PDF é algo que eu não sei fazer.
Elaborei as questões das provas de uma disciplina. Falta elaborar as das outras 4, mas beleuza, Edileuza.
Gastei uma fortuna em livros, briguei mais de uma vez com o Flávio, consegui ir à academia de maneira mais que razoável. Sinto que começa logo um daqueles semestres difíceis. Tem um monte de coisas que eu queria muito fazer e não sei como.
E, pelo menos uma delas não depende muito de mim.
Pois é.
sábado, julho 19, 2008
Encrenca, a revanche.
Mas vam'lá:
Estas são as oito coisas que eu quero fazer antes de morrer (velhinha, velhinha mesmo de cabelo roxo, talvez senil, mas de preferência fingindo a senilidade pra tirar um sarro do povo):
1. Ser (BEM) paga pra continuar estudando (até a senilidade fake);
2. Viajar muitas vezes pra perto e pra longe, pra conhecer coisas novas, trabalhar e passear e ver todas as obras de Arte que eu adooooro;
3. Ter uma grana considerável pra não me preocupar com essas coisas mundanas (tipo conta, manutenção do carro e preço do pãozinho);
4. Publicar muitos artigos, muitos livros e virar bibliografia fundamental;
5. Fazer algumas exposições do meu trabalho com ilustração, tinho umas dez ou vinte mil... hahahaha;
6. Continuar conhecendo gente tri boa de verdade mesmo;
7. Encontrar dentro de mim a paz, aquela enorme paz que meu paizão exala. E ter o bom humor dele também;
8. Dar muito mais risada, que é o que mantém a gente jovem e com a pele boa até a velhice senil fake.
Beijo e tudo de bom!
sexta-feira, julho 18, 2008
Com a minha mesa de trabalho tomada por livros...
quarta-feira, julho 16, 2008
Meu mundo cabeção é em Viena!
terça-feira, julho 01, 2008
Das novas... Meu mundo cabeção.
Fico pensando nesse espaço virtual que não tem leitores - isso de certa forma me frustra, porque não tem troca, mas também me faz respirar porque, enfim, sem vigilância vai tudo bem.
FINALMENTE as férias estão chegando. Eu gosto pouco dos fins-de-semana mas gosto bem das férias, ainda mais porque serão plenas de trabalho (em prol da minha dissertação e do cumprimento de prazos), leituras e planos.
Enfim. Pra não dizer que estou brincando, continuo desenhando muito - e na semana de planejamento eu desenho mais ainda. Né?
Eu consegui mais duas turmas na Moda! Eeeeeeeeeeba! Vou ter as noites cheias no semestre que vem, o que é fantástico, e estou morrendo de vontade de fazer o grupo de estudos do Lipovetsky. Pra começar.
Numa boa, eu sou uma nerd. Eu a-do-ro a idéia de estudar e estudar e estudar. E ler o G.L. é super complicado, mas vale tanto a pena... E foi uma vontade do grupo, então, que legal, vamos ler o Lipovetsky.
Ninguém imagina o tamanho do meu mundo cabeção. Tods as minhas leituras e reflexões, todas as coisas que eu anoto e que eu penso no banho - e embora quase tudo trate de corpo, quase nada é sacanagem. Brincadeira?
segunda-feira, junho 09, 2008
Entre
É bem desse jeito que eu me encontro.
(Me encontro? Hardly.)
Escrevinhadora de coisas, desenhadora fazendo umas garatujas e educadora perversamente subversiva. Estou fazendo origamis.
Essas coisas não acabam nunca.
Eu tenho sono, eu tenho cansaço, eu tenho preguiça, preguiça de quem está com tantas coisas acontecendo que tem vontade de parar um pouco, respirar.
Pois não é que temos uma semana e muito pouco pra fazer milhares de flores?
Como D'us fez com um estalo?
Hein?
Mas fez a gente ter um trabalhão danado pra cultivar e ver florescer... Mmm, mesmo as de papel.
Os papéis estão por todas as partes, provas para corrigir, livros para ler, textos para escrever e os meus cadernos pedindo por um olhar, somente um olhar e mais nada.
Irresistível.
Vou dormir.
segunda-feira, maio 12, 2008
Irina Palm e outras histórias
Sensibilíssimo.
E não se deixem enganar por quem vier contar que é a história de uma senhora que toca uma pra garantir o tratamento do netinho.
Tem muito mais que isso pra ser dito sobre o filme, mas quaisquer comentários são insuficientes. É muito melhor ir até o cinema (HSBC - sala 1) e assistir.
Excelente.
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Falando de filmes.
Eu ainda não tinha asistido a nenhum dos 3 filmes da série de "O Poderoso Chefão". Nesse fim-de-semana assistimos os dois primeiros e estou louca pra ver o terceiro.
Devo me assumir aqui, tenho um preconceito danado com filmes de máfia e sangue não é meu fluido corporal favorito.
Daí que eu tinha essa coisa boba de que O poderoso Chefão era um filme em que o Brando fazia um sotaque esquisito e usava um enchimento feio nas bochechas.
Me enganei redondamente.
E no segundo, quando tem aquelas idas e vindas na história da famiglia...
Vale a pena assistir.
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tenho desenhado muito, pensando em outros caminhos pra seguir com o traço e outras destinações pra dar ao talento e ao treino. Porque dar aula é bom, e eu gosto, mas eu também gosto desse outro lado mais livre que inventa outros mundos lá com a caneta no papel.
domingo, abril 20, 2008
Mais do mesmo - ou pra onde vamos?
Isso aí, a família viaja e eu aproveito.
Pra fazer o que?
Andar de calcinha pela casa?
Não, tá meio frio, sabe como é. Aos 30 anos, isso continua sendo um prazer, mas a sensação de contravenção é mínima.
Ou seja, nem na primeira meia hora de solidão você anda de calcinha pela casa.
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Mas, enfim.
É bom estar sozinha aqui.
Eu me servi de uma(s) dose(s) de whisky do papai (don't worry, com bastante gelo e eu jantei...) e sentei na frente do meu novo computador (falei que o Frankie virou o computador da minha sobrinha de 4 anos?) e redigi a primeira versão do meu capítulo da qualificação.
Eu tinha começado pela Introdução. Mas sabe como é... se não for pra falar exatamente porque eu estou tratando dessa questão bizantina (valeu Ruiê) eu prefiro ficar com o Reformkleid mesmo e trazer as outras questões (dos futuristas, dos comunistas, dos nudistas? Não, dos nudistas não).
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Agora eu já acabei.
Acho que vou me servir de outra dose de whisky.
Vou ver TV.
E vou continuar achando um desperdício um feriado inteiro de chuva.
Né?
Pois é.
Então, missão cumprida (e comprida).
Eu sou demais, nem eu me agüento.
E namaste.
quarta-feira, março 26, 2008
Porque eu amo o Chico...
E daí que todo mundo ama o Chico Buarque?
Porra, não é pra amar?
O cara tem aqueles olhos, com mais de sessenta anos continua com tudo em cima (de quem? de quem?) e até de bigode o hómi fica lindo!
Mas, além disso, mesmo não achando a voz dele bonita - e não é mesmo - o que são as letras? Hã? Hã?
Por isso, vamos lá à campanha de fabricação de clones do Chico.
Issaí.
O tempo que passa
Mas sabe quando você pensa naquele texto bárbaro ou em barbarizar o texto e aí dá de cara com a tela do computador, o telefone toca, e aí, aí, aí... o que fazer?
Postar no fotolog (www.fotolog.com/reginagolden) tem sido muito mais prático, e aí, bem rapidinho, tem imagem, tem mensagem, menos exposição... Porque, afinal sempre posto qualquer coisa menos foto minha - salvo raras exceções.
Mas aí eu pensei que já que é assim, melhor de vez em quando entrar aqui e falar das coisas da vida.
Bom, o fato é que eu estou trabalhando muito, dormindo pouco e frequentando realmente a academia.
Faz um mês.
E tá legal, sabe? uma coisa assim, que não mata ninguém.
Outra coisa que tá legal é o Mestrado, neste meu último ano. A pesquisa tomou o caminho e logo mais eu vou qualificar.
O namoro vai bem, obrigada.
E entre as coisas que não mudaram, está a minha eterna preguiça de parecer uma coisa que eu não sou, de fazer o que eu não gosto e não quero. Fica também a vontade interminável de sossego e paz na vida, o divórcio do stress...
O que não quer dizer que a jovem dama aqui não possa sentir uma irritaçãozinha vez por outra, quando percebe que o povo tá abusando.
Ora, porra.
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Dia 19 de Fevereiro, às 21 hs...
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Deixei meu namorido passando férias com meus pais.
Sim, com os MEUS pais. Meu namorido.
Ninguém entende, mas todo mundo adora o rapaz.
Eu, mais que todo mundo. Adoro. E entendo.
***************
Tenho pensado muito. Mais que o normal.
Ainda mais que ontem teve Reunião de Diretoria no Exquisito e aí todo mundo fala dos seus relacionamentos, passados, presentes, imaginários e os que pretende ter.
(Imaginários é meifoda, mas vale lembrar aquelas paixões absurdas, que derrubam a gente e que não se realizam completamente.)
Aí que eu falei daquelas coisas e deixei de mencionar outras. Tipo o que me fez deixar de freqüentar certos lugares próximos à Paulista.
Mas ser confrontada com a possibilidade de reencontrar o ex mais estranho que eu tive - em todos os sentidos - era demais pra mim.
Ainda tenho rompantes de maldade imaginária, em que me vejo sendo loucamente má com ele, ridicularizando a falta de maneiras à mesa, por exemplo.
Era ofensivo, a criatura comia como um Brucutu! ele destruía a comida, não sabia segurar os talheres, nem daquele jeito que ninguém merece. Ele levava o jornal pras refeições.
Devia achar que parecia uma espécie de dândi ou intelectual.
Mas quão educado é ignorar a presença de alguém à mesa e depois usar a quina da folha de jornal como fita dental!!!!!!!!
Tinha ainda a questão da higiene. Ele até tomava banho, mas nunca lavava uma roupa ou a toalha com que se enxugava.
E a ridícula monocromia?
E a repetição exaustiva daqueles textos chatíssimos que ele ensaiava?
A superficialidade das opiniões certamente compradas na revista semanal que ele queria escolher?
E a mania de chamar qualquer revista visualmente interessante de "revista de boiola"?
Bom, ok, ele foi meu par durante cansativos cinco meses. E eu menti pra ele.
Eu não me apaixonei. E não o abandonei antes por pura preguiça. Eu o traí. Lindamente, com um cara que era um abuso de mais interessante.
Eu não me importava com a menina que tinha se apaixonado por ele. E que ainda deve ser a namorada dele.
Não sabia o que ela achava de tão incrível nele, e na verdade, ainda não sei. E nem estou muito interessada.
Eu fui tão perversa que depois de terminar o namoro, com a maior cara de tristeza - e verdadeiro desespero, louca pra sumir dali - eu corri pra encontrar meus amigos e tomar duas garrafas de vinho, em comemoração.
E depois eu comemorei um pouco mais.
Tive um fim libertador e orgiástico, incrível. Mas não consigo não temer encontrar com ele.
Tenho medo principalmente da reação à voz e ao sotaque.
Mentira, medo eu não tenho. O sentimento é repulsa.
Outro dia, encontrei um homem com o mesmo sorriso e quase dei na cara dele.
Qualquer manifestação de auto-piedade, como as que assistia constantemente ("meu avô era caminhoneiro, meu pai era metalúrgico" justificava as pobres perspectivas choraminguentas dele) me faz sentir vontade de vomitar.
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Esse relato não é de remissão. Não busco absolvição, não me sinto criminosa.
Mas eu queria colocar pra fora.
Eu sou bacana, e gosto de quase todo mundo.
Mas nem sinto a obrigação de ser legal sempre...
terça-feira, janeiro 15, 2008
Nos últimos dias
E eu não estou falando dos porres ocasionais no fim-de-semana ou de apenas trocar a noite pelo dia.
Tio Inacinho era um camarada meio abusado, mesmo. Nunca se cuidou. Sempre bebeu muito e fumou muito, além de ignorar completamente o diabetes e a pressão alta, além dos problemas do fígado.
Mesmo assim, deu um baile no porteiro do céu: fez o cara esperar mais de três meses.
Nesses três meses, eu tentei lembrar das coisas que faziam meu coração doer, enquanto ele ia minguando.
Um som: a risada rouca.
Um sabor: Suflair.
Um cheiro: alguns cheiros. Fumaça de cigarro e todos os cheiros do sítio.
Ele levava a gente pro sítio, pra pescar na lagoa e conhecer os bichinhos. Ensinou que é preciso silêncio pra uma boa pescaria, e que é perigoso ficar atrás do bezerro quando você quer tirar o bicho da horta.
Uma vez, eu fiquei muito zangada com ele, porque ele queria de todo jeito me montar numa vaca e eu fiquei com medo. E ele riu, mas não de um jeito perverso, só achou graça.
E, ontem, lá deitado não parecia nada com ele.
Eu sei que vai diminuir, logo até.
Mas tá doendo.