terça-feira, agosto 26, 2008


Pequena Jerusalém. O Filme.

Sobre a gripe e outras coisas

Três semanas com tosse e a voz falhando. Pra quem é profissional do giz e da voz, isso não é uma boa coisa. Contudo, na cidade poluída, seca e que, num dia racha o côco de calor e no outro gela até pensamento, nada espanta. Nesse sentido.
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Domingo fomos à Bienal do Livro e como dois bons viciados em:
a. compras?
b. leitura?
c. muvuca?
d. todas as anteriores?
voltamos carregados de novidades. E velhidades também.
É irresistível!
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Estar num relacionamento.
É bom saber que a gente encontrou um alguém que é companheiro, amigo, com quem briga às vezes, mas que depois faz as pazes e fica tudo melhor. Alguém em quem você pode confiar, alguém que, com um pouco mais ou um pouco menos de esforço, te entende.
Daí que eu fico pensando nas infindas insinceridades cometidas - por mim também! - em outros relacionamentos.
Fico lembrando daquelas certezas que eu já alimentei. Eu acreditei muito em votos que não queriam dizer tanto. Queriam dizer, claro, mas só pra mim. E às vezes eu vejo minhas amigas, boas amigas, queridas amigas, tropeçando do mesmo jeito. Acreditando demais.
Lembro que, numa dessas quedas amorosas, eu descobri que tinha perdido completamente a inocência, que nunca mais poderia acreditar despreocupadamente em nada.
Talvez seja necessário, amar enlouquecida, apaixonadamente, para depois perceber que "nada é tanto assim".
O mundo não ficou menos colorido, nem mais sem graça. Só um pouquinho menos "bom". E com isso, depois de um tempo, a gente consegue conviver.
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Logo mais eu faço aniversário. Quero muitos presentes! MUITOS! PRE-SEN-TESSSSSSSSSSSSSSSSSSS!
Mas nada de comemoração no LaPeJu, que embora eu adore, é muito apertadinho, muito quente, muito cheio.

E, por enquanto, a pessoa sonada abandona o posto.

Bom dia.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Cada um de nós tem a sua música.



Cada um de nós tem o seu vôo, o seu jeito especial de mexer, de fazer as pausas. De respirar.

Cada um de nós tem um jeito específico de olhar quando entede, a piada ou o que está sendo dito.

Aquele jeito. Aquele "aaaaaaaahm...".

Tá. ok, não vamos começar com a filosofia de balcão de bar, ou a psicologia de porta de banheiro, porque é tosco, é de mau-gosto, é poesia barata, chula, brega, e sem a beleza da breguice intrínseca das canções de amor.

Mas é que eu fiquei com isso, sabe, essa coisa da música. E da imagem e da idéia de fazer aulas de ilustração - estou procurando, achei chato que não tenha horário, blé.

Porque como eu disse antes, eu penso imagem, eu penso essa coisa completa que é imagem, é movimento, é música. Como quando eu fiz o vídeo da Lali pra abrir o desfile. E eu tinha uma historinha pro vídeo. Mas o bacana de trabalhar com criança é que meio que é ela quem vai determinar o que vai acontecer. Claro que não fica por isso. Quando eu fui editar o filme, tomei o poder do trabalho. Mas a música já estava lá. A música existia antes do filme.

(Duerme Negrito - Mercedes Sosa)

Ok, nessa eu estou sendo hiper passional. Foi uma música que me entregou de bandeja o trabalho todo. Uma música que virou trilha sonora das minhas lembranças daquele fim de semana. E que não tocou no fim de semana, só veio meses depois.

(Perfect Day - Velvet Underground)

Mas isso é ancient history. Agora minha cabeça vive cheia de velhos e novos sons. De Interpol a Mawacca, tem de tudo. Até Ney Matogrosso. sabe como?

Eu estou em busca de uma nova trilha pra escrever esse novo roteiro. Talvez feito de imagens.

terça-feira, agosto 19, 2008

O baile não começou


E daí que hoje eu recebi a newsletter do cine Reserva Cultural e só por curiosidade, vi quanto custa dar uma festcheeeeeeeeeeeeenha por lá. Sabe? Não sai tão caro quanto uns buffets menos hypados (pra uma sessão privativa de cinema + jantar, por exemplo, ou uma festchenha com DJ, VJ, open bar e etc) mas sempre fica com cara de coisa íntima. Tirando o vitrinão pra Paulista, claro.
mas, daí é só fazer cara de rica muito rica e fazer a fina.
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Falar em festa, o que aconteceu que a gente nunca mais nem pensou em ir ao Copan pro samba rock quinzenal?
Tá certo que, sendo de 15 em 15 dias, a gente nunca tem muita certeza se é ou foi e não vai. Chato, né?
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Em setembro casa mais uma prima.
Sempre em setembro, sempre uma proximidade estranha com o meu aniversário. Às vezes é como fazer aniversário no Natal, tem sempre outra coisa acontecendo ao mesmo tempo e ninguém tem tempo pra lembrar.
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Eu adoro fazer aniversário, só não gosto do período de 30 dias antes dele.
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Tenho pensado muito em escrever (outra coisa que não artigos científicos ou coisas relacionadas diretamente ao Design, à estética, à Moda...).
Um roteiro, um romance, um conto. Mas o meu problema é com as imagens, porque eu penso imagem, não penso texto. Entende?
E meu discuso imagético ainda por cima tem o raio da trilha sonora.
As pessoas dançam diante dos meus olhos, com jeitos e trejeitos, gostos e decepções, risadas e choros e, cada uma tem a sua música.
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Cada um de nós tem a sua música.