Tem aquela do ex que era meio número que dizia que eu e os amigos éramos aristocratas, imorais, indecentes e sem pudor nenhum de sê-lo.
Verdadeiros esnobes, tomando champanhe e rindo.
Ok, quer dizer então que, se o pateta queria ser depressivo e cabeção, eu tinha que comprar o lifestyle que nem ele comprava as opiniões na Veja toda semana?
Pois é.
Aí, outro dia estava assistindo ao filme "Assassinato de Um Presidente". muito bom - embora eu não tenha muita certeza quanto ao nome - se é esse mesmo. Enfim, é aquele com o Sean Penn.
Muito bom mesmo, o filme.
Mas morri de raiva quando vi o chefe do cara. Me lembrou aquele camarada pra quem eu trabalhei. De fato, o cara poderia ter feito o papel dele, ou poderia ter sido o coach do ator.
O mesmo discurso, o mesmo lay-out (atualizado, mas na base, a mesma coisa), as mesmas leituras (Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas), chegava a arrepiar.
E o cara - não o do filme - se autodenominava "um justo".
Justamente, um perfeito idiota.
Falando em justo... O cara é fã do Justus.
Sim, o cara que foi demitido de "Minha Vida" e demitiu o aprendiz duas vezes. Pitiquento afetado...
Como dizia aquela outra criatura que parece o Grinch de saia e cabelo chanel, é duro ser bem nascida e bem criada.
Cansei de falar o que é - na minha modesta opinião - elegância. Do que é ter uma atitude elegante face á vida.
E uma vez que a elegância parece ter saído de uso, vamos pra pancada.
Sim, porque, em nome da autenticidade, todo mundo "se permite" ser grosseiro, invasivo. Parece um prazer mórbido.
Então, é assim. Ser aut~entico é ser grosso, nada empático e curtir tratar o resto do mundo como lixo.
Que merda de mundo que o povo quer construir pra viver, não acha?
Sentei dois minutos pra falar com uma conhecida que escolheu, pra vida, ser bonitinha e burrinha.
Quando eu a conheci, achei uma coisa, uma menina linda. Mas abre a boca, é o próprio Zé Buscapé.
Aí, nesses dois minutos, a menina me diz basicamente que tudo o que leu, na vida, não enche os balões de um gibi, que pôs a vida em suspenso por causa de um namoro e que não sabe se fazer de si mesma algo que valha.
Me lembrou uma parente que, quando eu larguei a faculdade de Arquitetura, me disse que achava besteira eu prestar vestibular pra Moda, já que meu namorado da época estava indo pro Canadá.
Péraí! Ele era meu namorado, estava indo pra lá pra evoluir, pra estudar e eu - esta filha de minha mãe - ia me fiar num relacionamento, me colocar nas mãos de outra pessoa?
Eu não tenho esquentado o assento de escolas ao longo de mais de duas décadas (quase 3 décadas) pra me deixar estagnar.
E ainda tinha que ouvir que a tonta sou eu...
Um comentário:
O que posso dizer? "Pedra que rola não cria limo" seria uma boa? ;)
Ou, sei lá, "pedra que deixa as outras rolarem também não cria limo"...?? :)
Postar um comentário